Redução na dose da vacina contra febre aftosa

imagem do post

A primeira etapa da vacinação contra febre aftosa de bovinos e bubalinos que se inicia a partir de maio na maior parte dos estados brasileiros sofrerá mudanças: a dose da vacina foi reduzida de 5 mL para 2 mL.

Essa alteração na dosagem está prevista no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que visa a remoção gradual da vacina em todo o país, começando ainda em 2019 no Paraná.

Em maio a grande maioria do país irá imunizar todo o rebanho. Apenas Acre, Espírito Santo e Paraná irão aplicar somente em animais jovens, até 24 meses de idade. Já o Amapá realiza a vacinação anualmente só no segundo semestre.

A diminuição da dose visa reduzir a quantidade de óleo mineral aplicado no animal. O componente tem a finalidade de promover uma imunidade mais longa, porém também é um dos principais responsáveis pelas reações alérgicas no local da aplicação.

A previsão do governo é que, com a redução na dose, ocorram menos reações nos animais como inchaço e caroços. E outra vantagem é que, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço e facilitarão o transporte, gerando menos custos com refrigeração.

Outros países já obtiveram resultados positivos com a diminuição da dose da vacina. Argentina, Uruguai e Bolívia comprovaram a preservação da potência, com menores índices de reações nos animais.

Nosso país não registra focos de febre aftosa desde 2005, o que contribui com a tendência da redução gradativa da vacinação. A ação faz parte do Plano Estratégico do governo visa alcançar a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de zona livre de febre aftosa sem vacinação em todo o território nacional até 2023.

A retirada da vacina não é exclusividade do Brasil. A ação foi apresentada na Comissão Sul-Americana de Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) de 2017 e engloba 13 países.

Destaques