Você sabe o que tem de substrato para os solos da sua fazenda? Para uma boa pastagem, é preciso que o solo tenha os nutrientes e a umidade adequados.

 

Primeiro é importante saber que em uma fazenda existem diversos tipos de solo. Por isso, devemos diversificar os pastos de acordo com cada tipo de animal.

 

Por exemplo, vacas em lactação, bezerros ou novilhos em terminação precisam de nutrientes específicos. Dessa forma, ter diferentes pastos é vantajoso para suprir essas demandas de forma adequada.

 

Estratégias e forrageiras para solos pedregosos

Vamos começar falando dos solos pedregosos, que são bem complicados. Esses solos ainda estão em desenvolvimento e, por isso, são difíceis de trabalhar. 

 

Confira abaixo algumas características do solo pedregoso:

 

• Normalmente são rasos
• Não retém muita umidade
• Faltam nutrientes

 

É importante prestar atenção na matéria orgânica nesse tipo de solo. Se tiver uma cobertura vegetal, é melhor usar herbicida antes de semear qualquer forrageira. Essa matéria orgânica ajuda a reter a umidade e faz uma cama para a germinação da forrageira semeada. 

 

Um tipo de pasto muito bom para esse solo é o andropogon. Atualmente, temos alguns tipos específicos, como o BRS Planaltina e o BRS Sarandi, cultivares adaptadas a baixa fertilidade, a alta acidez e a alta concentração de alumínio no solo. São ótimos capins para a fase de desmame dos bezerros, pois acumulam muitas folhas com o manejo adequado. 

 

Você também pode usar o Capim Buffel, nas versões Biloela ou Aridus, mas ele precisa de mais nutrientes, então vai precisar de fertilizantes. Em compensação, ele aguenta melhor o estresse hídrico (falta de água). 

 

Outra opção são os capins Brachiaria Decumbens ou B. Humidicola, ambas também são indicadas para solos de baixa fertilidade, mas são menos adaptadas do que os anteriores. 

 

Desafios dos solos com problemas de drenagem

Para solos com problemas de drenagem, as forrageiras melhores adaptadas são a B. Humidicola e o amendoim forrageiro, Arachis Pintoi. 

 

Se forem áreas de brejo, então a recomendação são os plantados por mudas como o capim angola (B. mutica), tannergrass (B. arrecta) ou o Tangola, que é um cruzamento natural entre os dois primeiros.

 

Importante falar que a B. Humidicola tem um crescimento demorado. Muitas vezes é misturada com outras plantas como a decumbens (Marandu) ou até mesmo algum tipo de panicum, como Massai. Isso ajuda a cobrir o solo e impede que outras plantas invasoras cresçam.

 

São cultivares preferidas pelo gado, mas não se adaptam ao encharcamento. Então, elas podem sumir depois do primeiro ano, embora a B. humidicola e o amendoim permaneçam no pasto. 

 

Se o encharcamento é temporário, você pode usar a BRS Xaraés ou a BRS Zuri. Entre as braquiárias e os panicuns, essas duas toleram melhor a situação e oferecem forragem em quantidade e qualidade. 

 

Como escolher a forrageira para os solos arenosos?

Nos solos arenosos, conhecidos por perder nutrientes facilmente, todas as forrageiras crescem bem, desde que seja estabelecido o regime de fertilização. 

 

Não há problema para o desenvolvimento das raízes, mas há uma grande necessidade de melhoria da matéria orgânica.

 

Por isso, é importante um plantio direto, com uma boa cobertura do solo e adubações menores, porém mais frequentes para compensar a lixiviação (perda de nutrientes do solo). 

 

A matéria orgânica ajuda a reter a umidade, favorecendo a biofauna do solo e, consequentemente, resultando em forrageiras saudáveis. 

 

Escolha a forrageira de acordo com a finalidade do pasto

 

Antes da escolha da forrageira, é preciso entender qual será a finalidade da pastagem. Abaixo, apresentamos algumas situações em que a escolha da forrageira desempenha um papel crucial no sucesso da atividade pecuária.

 

• Pasto para recria ou engorda: recomenda-se o uso de Panicum (BRS Quênia ou BRS Zuri) ou Braquiária (BRS Ipyporã ou BRS Xaraés)

 

• Pasto para desmame: indicado BRS Sarandi de Andropogon, ou as braquiárias BRS Piatã ou BRS Paiaguás. Elas podem ser usadas sozinhas ou em mistura com outras plantas, como estilosantes (BRS Bela ou Campo Grande) ou Guandu (BRS Mandarim).

 

Já existem inúmeras cultivares e a escolha deve ser feita com todo o critério para suprir as necessidades do seu rebanho, produtor.

 

Para pastos produtivos, duradouros e sustentáveis é necessário escolher as cultivares certas e, principalmente, fazer um bom manejo, sempre respeitando as alturas da pastagem e mantendo o nível de nutrientes no solo, por correções e adubações. 

 

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Como dito, o sucesso da pastagem está na escolha das cultivares e no capricho no manejo do pastejo. 

 

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